quinta-feira, julho 07, 2011

O reflexo no espelho indica que há algo errado. Olheiras, espinhas, cabelo descuidado e unhas clamando por uma manicure. Poderia colocar a culpa no ano cheio de atividades ou no orçamento curto que veio de brinde. Poderia ainda colocar a culpa nos outros, afinal não tem faltado brigas, discussões, vozes alteradas e poucas demonstrações de amor. Eu poderia questionar D-us ou então me revoltar.

O mais difícil de tudo é admitir que o brilho dos meus olhos vem sendo ofuscado e que o que realmente importa, a beleza interior, está sumida. O ano de grandes acontecimentos me deixa ansiosa. A figura paterna desperta medo de fracassar – mesmo que ele não pressione. A ansiedade e a falta de tempo me deixam excitada, num ritmo louco que me faz entregar tudo no prazo certo, e, mesmo com o cansaço, gosto de cada minuto. Mas me fazem comer demais. Roupas já não me servem.

Cá estou, de férias, olhando para tudo que fiz e deixei de fazer nos últimos seis meses de 2011. Agora, sem agitação, sem prazos e sem cobranças eu só quero relaxar. E pensar que isso só irá durar duas semanas não ajuda ou assim pensava até poucas horas atrás, pois o fato é que sinto falta de estar produzindo algo ou de estar me preparando devidamente para tudo que há por vir.

Não escrevi quase nada – a não ser sobre as relações homoafetivas face à sociedade, tema da monografia. Também não li quase nenhum livro, conto nos dedos os bons filmes. Mas há de se pensar que a recompensa está por vir. E eu sei que está. Então já deu de férias, né? Já deu de discussões e de decepções!?! E que fique aqui registrado, pra quando eu voltar, ainda esse ano, com ótimas notícias, assim espero, possa ver o quanto as coisas mudam e o quanto eu melhoro com o passar do tempo, pois vivo aprendendo.

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