quinta-feira, julho 07, 2011

Outubro de 2009 :)

E de repente eu encontrei coisas que nunca coloquei aqui...

Negar segurança-estabilidade-longaminidade-tranquilidade em um relacionamento é comum, assumir a postura modernista de “que seja eterno enquanto dure” parece conveniente, nos ajuda a construir paredes invisíveis, nos arma. Serve para não sofrermos, não nos apegarmos demais, não esperar nada da outra pessoa.
Conviver com alguém, ter um relacionamento com alguém, é conseqüência de uma serie de fatores positivos, desde do gostar ao achar que se esta achando a pessoa certa para ter paz. Acho quase impossível conseguirmos ser sinceros, leais e nos entregarmos verdadeiramente, se pensarmos em não nos aproximar demasiadamente, pois assim, estaríamos sempre nos limitando, nossas ações seriam, mesmo que inconscientemente pensadas e repensadas... dai porque certos casais se assustam tanto com condutas negativas, não imaginadas, pois nem se conhecia essa parte da outra pessoa... nem se procurou conhecer...
É intuitivo ao ser humano procurar essas características no sexo oposto, mas parece tão mais conveniente procurar alguém para saciar um desejo ou um status momentâneo que se ignora o que é mais provável de funcionar.
Algumas dessas pessoas procuram o caminho mais fácil, outras usam e esquecem que também estão só sendo usadas, outras ainda não conseguem enxergar isso como motivo de traições e vão se vangloriando disso por ai... Se esquecendo de que estão dispercidando o melhor de si...
Em meio a um turbilhão de coisas, pessoas, idéias, sorrisos e gritos, vejo você. Simples e com ótimas intenções. Há brilho no seu olhar e esperança nas suas palavras. Houveram grandes mudanças nos últimos meses e hoje vejo o quanto estas mais forte. É maravilhoso ter alguém especial ao nosso lado. É melhor ainda quando a convivência é fácil, mas nem sempre temos tudo.

Há um ano e seis meses eu tenho um companheiro, para todas as horas. Encontro apoio, entusiasmo e colo. Acho que nunca estive tão envolvida com alguém antes. Admito que pra mim, um ser que se pudesse seria totalmente independente, trás um gosto de vulnerabilidade. E como tudo na vida, venho aprendendo a superar isso da melhor forma possível, o que não é difícil quando sorrimos juntos ou trocamos confissões e fazermos planos de conquistas.

Não somos sonhadores, somos realistas. Somos sinceros, leais e companheiros. E eu que um dia achei não existir fidelidade ou amor duradouro, venho vendo outros lados. Aprendi a pedir ajuda e continuo achando a comunicação a chave de tudo e finalmente encontrei quem pense igual. Finalmente encontrei quem despertasse o melhor de mim. No companheiro de ótimas intenções encontrei certeza e humildade. E eu me sinto extremamente bem agradecida por isso.

E nesses lados novos, venho aprender a conviver. Não apenas mostrando o melhor de mim, mas tudo que sou por completo. Não querendo que ele me aceite assim, mas me polindo a cada nova situação para ser alguém melhor, Ele trouxe inspiração e alegria para os meus dias, com um toque de romance e carinho. Com um toque que eu achei que nunca fosse encontrar. A realidade não poderia ser melhor, não invejo nenhum conto de fadas. Não trocaria minha vida com a de ninguém. Esse tal companheiro me fez sentir o que é o amor.
O reflexo no espelho indica que há algo errado. Olheiras, espinhas, cabelo descuidado e unhas clamando por uma manicure. Poderia colocar a culpa no ano cheio de atividades ou no orçamento curto que veio de brinde. Poderia ainda colocar a culpa nos outros, afinal não tem faltado brigas, discussões, vozes alteradas e poucas demonstrações de amor. Eu poderia questionar D-us ou então me revoltar.

O mais difícil de tudo é admitir que o brilho dos meus olhos vem sendo ofuscado e que o que realmente importa, a beleza interior, está sumida. O ano de grandes acontecimentos me deixa ansiosa. A figura paterna desperta medo de fracassar – mesmo que ele não pressione. A ansiedade e a falta de tempo me deixam excitada, num ritmo louco que me faz entregar tudo no prazo certo, e, mesmo com o cansaço, gosto de cada minuto. Mas me fazem comer demais. Roupas já não me servem.

Cá estou, de férias, olhando para tudo que fiz e deixei de fazer nos últimos seis meses de 2011. Agora, sem agitação, sem prazos e sem cobranças eu só quero relaxar. E pensar que isso só irá durar duas semanas não ajuda ou assim pensava até poucas horas atrás, pois o fato é que sinto falta de estar produzindo algo ou de estar me preparando devidamente para tudo que há por vir.

Não escrevi quase nada – a não ser sobre as relações homoafetivas face à sociedade, tema da monografia. Também não li quase nenhum livro, conto nos dedos os bons filmes. Mas há de se pensar que a recompensa está por vir. E eu sei que está. Então já deu de férias, né? Já deu de discussões e de decepções!?! E que fique aqui registrado, pra quando eu voltar, ainda esse ano, com ótimas notícias, assim espero, possa ver o quanto as coisas mudam e o quanto eu melhoro com o passar do tempo, pois vivo aprendendo.