segunda-feira, abril 14, 2008

um ciclo vicioso em torno da satisfação utópica.

A vontade dos mais belos sorrisos me persegue. Aquela vontade incessante das conversas intermináveis, sobre filosofia e as coisas da morte ou vida, vinho ou sexo. Marcar momentos com intensidade dos pensamentos, a boa companhia, de preferência a noite, com o vento, as estrelas e tudo que possa contribuir para fazer historia.

Essa minha sina de gostar de gente errada, hora me satisfaz hora me entristece. Eu sei que os motivos são errados e é justamente por isso que gosto de guarda-los só pra mim, pois assim que abro a boca para compartilhar com alguém eles descarregam uma serie de palavras dizendo que meus motivos não são validos. Como não percebem que isso não me interessa?...Na minha doce ilusão eles cabem muito bem. Com exceção das tardes preguiçosas de domingo, das comedias românticas de sessão da tarde com chocolate ou pipoca, aquele frio convidativo a ter um alguém perto...sim com exceção a esses dias...toda essa minha teoria me cabe muito bem.

terça-feira, abril 08, 2008

" Confusão, distorção, ilusão"



Na terra quente, uma manhã de abril não podia ser diferente. Começo meu dia ouvindo o despertador com um barulho nada amigável ao meu lado, aperto soneca e sei daqui a uns minutos ele vai fazer aquele barulho irritante novamente. A noite anterior foi boa, cheia de conversas, risadas e horas de distração com textos de gente tentando filosofar sobre a vida, só que pra isso fui dormir tarde demais, e o maldito do despertador toca exatamente as 7:00 am. Os olhos não querem abrir, aquela volta na cama só faz a vontade de continuar lá aumentar, mais a luz entrando pela janela é forte demais pra conseguir ficar ali. Sentando na cama, lembro de tudo que tinha tentado com sucesso esquecer da noite anterior, a manhã tinha que me lembrar disso assim, tão impiedosamente?...é a prova, disso mesmo, foi meio maluca, os artigos rolam embaralhados pela minha cabeça e a sensação de não estar em casa não ajuda nada. Depois de alguns interurbanos que não completam pra cidade que não existe me dou conta que não é mesmo pra falar com meus pais.
A rotina toma conta, estudar pra prova de hoje, só espero que essa não seja maluca, não sei agüento outra noite sem dormir, me preocupando com o pq de não saber o assunto ou o pq de sentir que só eu naquela sala inteira não sabia fazer. Depois de horas mergulhada no caderno-artigos-livros, chega aquela hora do dia em que o sol vem pra dizer que está presente e quer ser extramente bem notado, sem fome e sem companhia, almoço pra tentar desanuviar a cabeça. Como o sono impera um merecido descanso vem acompanhado de boa música e ar-condicionado. Sim a música, a melhor parte, a única que consegue me fazer sentir que não existe um lugar especifico pra me sentir bem, que em qualquer parte eu entendo o significado daquela letra e que aquela melodia me toca da mesma forma como me tocou da primeira vez em que escutei, um misto de surpresa, cores, vontades e sonhos afloram, mais de sono nada.
Volto pros livros, leio, releio, fecho e fico tentando lembrar, abro o código civil e vejo onde estão os artigos, leio, releio, mais não tem jeito, sinto que o mundo gira devagar demais, aqui onde não é a minha casa piora, até as horas parecem passar mais devagar. A frustração prova- de-noite-anterior-prova-de-hoje, as verdade ditas em confissão, as risadas sarcásticas, a música, o silencio dessa casa, com as luzes da janela entrando sem dar um minuto de descanso, se misturam com aquela vontade de me completar em sorrisos, frases bem pensadas, ditas na hora certa, cafés, poesia barata, filme estranhos e eventos culturais ou nada culturais, cheio de gente nova e interessante pra se conhecer, essa vontade de me perder em cada momento feliz e único das belas noites me força a vir desabafar nesse tão pouco usado blog.